1 de agosto de 2010

"Não vou me deixar embrutecer, eu acredito nos meus ideais."

Procurava por algo que pudesse trazer a calmaria nessa noite sem estrelas e sem grandes alegrias, porque houve um tempo em que a vida deixou de ser aquela esperança bonita, tudo tornou-se real e concreto, assim mesmo, dura. É difícil até pra contar, contar o que? Se nada acontece nesses dias monótonos, mas me sinto sempre preocupada e com um amontoado de coisas pra resolver. É que eu sempre fui meio perdida mesmo.

De noite sinto uma vontade meio estranha, de dia não, de dia não tenho tempo, algumas coisas consome a minha capacidade de pensar, o que é bom, mas por outro lado me gasta também toda a energia positiva que ainda restava. Então quando chega assim de tardezinha quase á noite a vontade estranha bate na porta, é a única coisa que tem batido ultimamente.
Estou também muito cansada, durmo tarde e acordo cedo – todo dia - pra mim não existe nem domingo. Isso explica um pouco o mal humor e a falta de tolerância com algumas pessoas.

Eu achei que tinha me curado dessa loucura, desse medo desesperado da vida, mas não. Existem pessoas que nunca vão encontrar seu lugar mesmo. Desconfio ser uma delas. Porque tanto tempo já passou e eu continuo aqui, no mesmo lugar de sempre, querendo e precisando e suplicando por algo que não se sabe ao certo o que é, para sempre à espera de algo que não acontecia.

Que desespero meu Deus, vontade de chorar muito de repente e fugir pra um lugar desconhecido. E estou falando de problemas da vida real, tipo aquela vida ferrada de gente pobre tentando sobreviver. Porque eu não consigo ver objetivo em nada do que estou fazendo ou tentando ao menos. E dá vontade de parar, entrar num buraco e desaparecer. Já estou ficando repetitiva e redundante, eu nunca consigo dizer as coisas feito céu azul e sem nuvens, é sempre essa coisa enrolada feito engarrafamento de cidade grande, nunca sai do lugar. Vontade de juntar as tralhas e pegar o primeiro ônibus em direção ao nunca, é meio dramático mesmo mas é verdade.

Eu me dou melhor comigo mesma quando estou infeliz: há um encontro. Quando me sinto feliz, parece-me que sou outra. Embora outra da mesma. Outra estranhamente alegre, esfuziante, levemente infeliz é mais tranquila. Tenho tanta vontade de ser corriqueira e um pouco vulgar e dizer: a esperança é a última que morre.

Já não sei se devo ter esperança nal’guma coisa.

2 comentários:

Lula disse...

As mudanças estão acontecendo permanentemente em nosso interior,teus dons estão aí em ebulição! Quem conhece você, mesmo através dos tipos sobre o papel, ou usando esta caneta eletrônica, percebe tua grandeza, tua pureza! Meu desejo é que teu talento, teus dons sejam reconhecidos por alguém que pode ajudar! Quero te ajudar, mas você refuta qualquer abordagem positiva! Você está pronta, teu texto é primoroso! Daí mesmo de tua cidade você pode dar início a tua caminhada! Se sinta abraçada, e saiba que podes contar com este modesto amigo! (em tempo, não precisa aceitar este post, só desejo que vc leia) Abração

Michelle_jf disse...

Olá,
bom primeiro não nos conhecemos neh. Comecei a te seguir no twitter por termos uma coisa em comum,muito boa por sinal,o EVA.
Sei bem como se sente,porque muitas vezes me sinto assim, e não faz muito tempo que rolou esse sentimento, uns 3 dias talvez...
Enfim, acho que encontrou uma maneira brilhante de liberar o que sente. Escrever.
Encontra as palavras certas e sabe encaixá-las como a voz de Saulo se encaixa nas lindas músicas que canta.
leve isso para os outros.
Fique com Deus.
Energia, Vibração e Alegria!