15 de março de 2012

Pra ele, minha noite particular


Deitada sobre minha cama, ouvindo o barulho da chuva e lendo Caio Fernando, senti uma necessidade de você ali, quando em um das linhas Caio disse: Me traz você, por favor.  E leva embora todas essas coisas chatas, que só servem pra ocupar as minhas horas, enquanto você não chega.” Pensamentos, prelúdios do que eu gostaria de te falar, de gritar para o mundo. Mas não tinha coragem, existia em cada página daquele livro o sentido de nós dois. Mas precisava de pausas, pra ouvir o barulho da chuva, lembrar do seu sorriso e assim, eu sorri igual, sabe o que é poder sorrir do que passou? É maravilhoso.
Voltei ao livro e me deparei com isso: Depois de um tempo, você ainda vai lembrar dessa ferida que rasgou fundo o teu peito. Mas vai saber também, que foi apenas uma página do capítulo passado. E que o capítulo que você está agora… Ah, esse sim é o mais interessante.”
Essa era uma saudade disfarçada em livro. Então, resolvi fechá-lo. A chuva parou e nessa hora você falava comigo em ventos disfarçados de saudade, foi quando resolvi dormir, sussurrar baixinho até o sono vir e dizer: Me ama, por favor!

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